16/01/2016, sábado
Foto: www.culturamix.com
Houve um tempo em que os militares
do Exército residiam no antigo Sapotal, às margens do Rio Solimões, hoje
conhecido como Comara. Lá moravam três amigos de farda. O mais velho deles
trabalhava no rancho, e era cozinheiro.
Os outros dois desconfiaram que seu
colega virava porco, porque nas noites de festas ele sumia, não era encontrado
em lugar algum e sempre que sumia aparecia um enorme porco. Só que naquela
época ninguém criava por essas redondezas e muito menos com aquele tamanho. Certa
noite um dos soldados voltou cedo da festa e deitou-se. Logo em seguida, chegou
o cozinheiro todo desconfiado, deitou-se na rede, mas não conseguia dormir.
Algumas horas depois, levantou-se com enjoo e muita dor de estômago; Correu
para detrás de uma bananeira e começou a vomitar. Depois lavou a boca e foi
dormir.
O outro amigo desconfiado saiu
caladinho e foi verificar o vômito. Foi grande o susto que teve quando viu que
no vômito havia muito sangue, ossos, vísceras e pele de animais. O soldado saiu
apavorado e não teve mais dúvidas. O cozinheiro, seu colega de farda se
transformava realmente em porco.
Aborrecido e com medo do que tinha
visto, apanhou o cinto N.A. da farda, e foi acordar o soldado cozinheiro.
Deu-lhe uma surra, pegou seus
objetos, desamarrou a rede, e pediu que ele fosse embora imediatamente senão o
mataria. Este pegou um pouco de seus objetos pessoais e fugiu para Praia
Grossa, uma comunidade próxima de tabatinga, hoje conhecida como Praia de
Fátima.
Passado alguns meses, só se ouvia
notícia que nas madrugadas da comunidade de Praia Grossa, aparecia um enorme
porco, aterrorizando e mordendo as pessoas que voltavam das festas, caçadas e
fachiações.
Texto retirado do livro Tabatinga e
suas Lendas, de Maria Auxiliadora Coelho Pinto e Cleuter Tenazor Tananta, de
2011
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