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Projeto de extensão traz cirurgias de catarata ao Alto Solimões

16/05/2018, quarta-feira

Foto: UFA (Gestores organizam preparativos da participação da Ufam na ação.)

Além dos serviços oftalmológicos, serão realizados atendimentos médico-odontológico e farmacêutico

Por Sandra Siqueira/UFAM
Equipe Ascom Ufam

Atender cerca de cinco mil pessoas de municípios do Alto Solimões com a realização de cirurgias oftalmológicas e serviços básicos de saúde é o objetivo do projeto de extensão da Ufam. Serão realizadas 400 cirurgias de catarata e 50 de pterígio entre 26 de maio e 3 de junho.

Resultado da parceria entre a Ufam e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o projeto tem a participação de entidades como a Marinha, o instituto de Pesquisas Oftalmológicas da Unifesp, a Alko do Brasil, a Lupas Leitor e a Fundação Piedade Cohen, e irá beneficiar moradores dos municípios de Benjamim Constant, Tabatinga, Atalaia do Norte, São Paulo de Olivença, Amaturá e Santo Antônio do Iça. A Ufam participa cedendo parte dos médicos que farão as cirurgias de catarata e pterígio, a chamada carne crescida, em pessoas acima de 40 anos e em crianças com catarata congênita.

Desenvolvido pela Fundação Piedade Cohen há 20 anos, o projeto é atualmente liderado pela Ufam. Nos últimos dez anos de atividade, foram atendidas mais de 100 mil pessoas e mais de dez mil cirurgias realizadas. Responsável pelo projeto, o vice-reitor da Ufam, professor Jacob Cohen, diz que a iniciativa surgiu da percepção da grande diferença estrutural na área de saúde entre a capital e os municípios do interior do Amazonas. “Quanto mais longínquos esses municípios, mais necessitados eles são de serviços de saúde como esse que nós fazemos”, declara o vice-reitor.

Médico oftalmologista, o professor será um dos profissionais a integrar a equipe de oito cirurgiões a atuar no alto Solimões. “Temos a expectativa de realizar 400 cirurgias de catarata e 50 de pterígio”, declara. “Além dos serviços oftalmológicos, serão realizados atendimentos médico-odontológico e farmacêutico pela equipe da Marinha do Brasil”, acrescenta.

De acordo com o gestor, com base em dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que em áreas onde existe assistência médica, cerca de 0,5% da população seja cega, dos quais 50% por catarata.  Em populações sem a presença desse serviço, esse índice aumenta para 2% a 3%. “Numa população 100 mil habitantes, três mil deles são cegos, dos quais 1.500 por catarata”, informou.

A equipe de profissionais seguirá em navio da Marinha para as sedes dos municípios onde as pessoas receberão atendimento. Com o apoio de entidades privadas, como a Lupas Leitor, o projeto fará também a doação de quatro mil óculos para a população local.

Os equipamentos também foram cedidos pela Alko do Brasil, todos em dobro, com engenheiros responsáveis pela manutenção deles. Pequenos geradores de energia foram doados para garantir a realização dos atendimentos.

Para o pró-reitor de Extensão, professor Ricardo Bessa, o projeto é uma evidência da ação da Ufam junto à sociedade, colaborando para o cumprindo da missão da Universidade. Segundo o professor, a Câmara de Extensão, responsável por aprovar os projetos a serem executados pela Instituição, prioriza aqueles que apresentem relevância social.  “O projeto é altamente relevante porque vai ajudar muitas pessoas carentes desses beiradões”, disse. Abaixo, o cronograma da triagem e da realização das cirurgias. 

Triagem

Em Santo Antônio do Içá e Tabatinga – 21 e 22/05
Em Atalaia do Norte – 22 e 23/05
Em Amaturá e Benjamin Constant – 24 e 25/05
Em São Paulo de Olivença – 25 e 26/06

Cirurgia

Em Benjamin Constant e Atalaia do Norte – 27 e 28/05
Em Tabatinga – 29 e 30/05
Em São Paulo de Olivença – 31/05
Em Amaturá – 01/06
Em Santo Antonio do Iça – 02/06

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