Foto: Arquivo Acrítica
São 21 mandados de busca e
apreensão e um de prisão contra Waldívia Alencar. A suspeita é que o esquema
tenha subtraído R$ 25 milhões de recursos públicos
De acritica.com
A ex-secretária de Estado de Infraestrutura
(Seinfra), Waldívia Ferreira Alencar, foi presa temporariamente na manhã desta
quarta-feira (18/04) durante a Operação Concreto Armado, deflagrada pelo
Ministério Público do Amazonas (MP-AM) com apoio da Polícia Civil, com objetivo
de combater um esquema de desvio de verbas e fraudes em licitações que subtraiu
R$ 25 milhões de recursos públicos.
Ao todo, são 21 mandados de busca e
apreensão e um de prisão temporária contra Waldívia. Segundo o MP-AM, a
operação tem como base denúncias de associação criminosa, peculato, fraudes em
licitações e lavagem de capitais sob a forma de organização criminosa no âmbito
da Seinfra no período em que Waldívia foi secretária da pasta.
“Apurou-se a existência de diversas
investigações a tramitarem no Tribunal de Contas do Estado e nos diversos
setores do próprio Ministério Público noticiando a não execução de obras ou
serviços e superfaturamentos de contratos e licitações em valores superiores a
R$ 25 milhões, no período em que Waldívia Alecar era a secretária”, disse o MP,
por meio de nota.
Conforme o órgão, movimentações bancárias
atípicas foram feitas por Waldívia e pelo esposo dela, o que chamou atenção dos
órgãos de controle. Entre 11 de dezembro de 2013 e 22 de agosto de 2016, Waldívia
sacou a quantia total de R$ 1.420.040,00, enquanto o esposo dela fez um
depósito no valor de R$ 1.114.020,00 no período de 16 de agosto e de 2010 e 31
de março de 2016.
Assim, o MP-AM, em parceria com o
Ministério Público de Santa Catarina, procurou bens móveis e imóveis
pertencentes a Waldívia e ao esposo dela. Foi constatado ainda que no período
em que foi secretária da Seinfra a suspeita obteve “extraordinário crescimento
patrimonial incompatível com a renda declarada”.
“As investigações apontam que Waldívia e
familiares, em nome próprio e por intermédio de empresas, se tornaram
proprietários de 23 imóveis espalhados em mais de um Estado brasileiro, a
princípio avaliados em mais de R$ 11 milhões”. Entre os imóveis de alto valor
estão duas casas no Condomínio Ephygênio Sales, um supermercado que ocupa um
quarteirão, três flats de luxo para aluguel e cinco imóveis em Florianópolis
(SC).
“Assim, as circunstâncias somadas às outras
investigações que tramitam nos diversos órgãos de controle, a exemplo do Tribunal
de Contas do Estado e do Ministério Público do Estado, trazem indícios da
prática de lavagem de capitais e crimes contra a Administração Pública,
executados sob a forma de organização criminosa, em prejuízo do Estado do
Amazonas”, completou o MP-AM.
Veja abaixo acessando o link o que aconteceu em Tabatinga no
período em que Waldívia Ferreira Alencar cuidava da pasta:
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