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Blog de Tabatinga

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#Tabatinga-AM - Site diz que “AmazonLog: treinamento do Exército ianque na Amazônia é crime de alta traição!”

22/08/2017, terça-feira

Foto: Agência Verde-oliva (Americanos estiveram no Forte Caxias-DF e no Comando Militar da Amazônia em março)

Tabatinga (AM) - O site “A Nova Democracia” trata a operação AmazonLog que acontecerá em nossa tríplice fronteira (Brasil, Colômbia e Peru) com outros olhos. Com o título “AmazonLog: treinamento do Exército ianque na Amazônia é crime de alta traição!” vê tal operação como uma invasão norte-americana ao nosso país.

O Blog Bocas e Notícias para seu conhecimento publica na íntegra tal publicação abaixo:

O gerenciamento semicolonial de Temer/PMDB/PSDB e sua quadrilha dá mais um passo no sentido de acabar com o que resta de nossa soberania nacional e de aprofundar, ainda mais, a subserviência do país ao jugo do imperialismo estadunidense. Trata-se do AmazonLog, operação conjunta entre as tropas dos Exércitos ianque e brasileiro em pleno coração da floresta amazônica. Como parte deste exercício militar, será instalada, entre os dias 6 e 13 de novembro, uma base multinacional no território brasileiro da Tríplice Fronteira entre Tabatinga (Amazonas/Brasil), Letícia (Colômbia) e Santa Rosa (Peru) que abrigará munição, equipamento de disparos e de comunicação.

O AmazonLog, segundo afirma o próprio comando do Exército Brasileiro, foi inspirado em exercício semelhante realizado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Hungria, em 2015, no qual o Brasil tomou parte como observador. No país do Leste Europeu, a base multinacional, inicialmente apresentada como temporária, tornou-se permanente. É importante lembrar que o USA possui mais de 800 bases militares espalhadas por todo o mundo e que, nos últimos anos, têm crescido a presença militar ianque na América Latina, como as bases que estão sendo construídas na Argentina e Colômbia. No Brasil, destacamos a atividade preparatória para as Olimpíadas do Rio de Janeiro no ano passado, realizada entre as marinhas do USA e brasileira, tendo como foco atividades “anti-terroristas”, assim como as manobras do porta-aviões que navegou pela costa do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul para treinamento junto à FAB em 2015.

Tudo isso não tem qualquer caráter humanitário, como afirmam os monopólios de imprensa buscando enganar incautos, mas são fatos políticos importantes que expressam a crescente reacionarização do velho Estado brasileiro a serviço do imperialismo norte-americano.

Não por coincidência, os “treinamentos” ianques na Amazônia ocorrem no mesmo momento em que as tropas do reacionário Exército Brasileiro ocupam as ruas do Rio de Janeiro e dos distúrbios provocados pelos ianques na Venezuela, no objetivo de aprofundar o seu domínio semicolonial e neutralizar a crescente influência da superpotência atômica Rússia naquele país e no continente.

Ponta do iceberg

O AmazonLog é o mais escandaloso dentre os recentes ataques a nossa soberania nacional, em se tratando de acordos militares entre o Brasil e a superpotência hegemônica única USA, mas não é o único. É a ponta do iceberg de uma série de medidas definidas a portas fechadas por burocratas e militares de alto escalão.

Em março do presente ano, o chefe do Comando Sul do Exército do USA, Clarence K.K. Chinn, foi condecorado em Brasília com a Medalha do Mérito Militar pelo comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo Villas Bôas, e visitou as instalações do Comando Militar da Amazônia, onde serão realizados os exercícios do AmazonLog.

Ainda em março, um dia antes de o Exército norte-americano inaugurar um centro de tecnologia em São Paulo para “desenvolver parcerias com o Brasil em projetos de pesquisa com foco em inovação”1, no dia 24/03, o Ministério da Defesa do Brasil e o Departamento de Defesa do USA assinaram o Convênio para Intercâmbio de Informações em Pesquisa e Desenvolvimento ou MIEA (Master Information Exchange Agreement), na sigla em inglês.

Em abril, a empresa brasileira Bradar Savis, do grupo Embraer Defesa & Segurança, especializado em radares para defesa e sensoriamento remoto, fechou um acordo com a americana Rockwell Collins, também da área aeroespacial.

O próprio exercício militar na Amazônia é parte de um projeto maior, chamado Operação “Culminating”, que envolve cinco anos de manobras conjuntas entre os dois Exércitos, que culminará num treinamento envolvendo grande número de soldados dos dois países. O Brasil deve enviar um batalhão, entre 300 e 500 militares, para integrar uma brigada do Exército americano, no Joint Readiness Training Center, centro de instrução localizado em Fort Polk, no Estado da Louisiana, no segundo semestre de 2020.



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